O AGRO É FORTE, O AGRO É TEC O AGRO É TUDO Publicado 10/01/2017

A primeira coisa que devemos fazer para os cidadãos da cidade, ao tratarmos da agricultura, é mostrar, aos mesmos, que a agricultura já não é mais circunscrita à propriedade rural. O tempo em que se tratava a agricultura da porteira para dentro já passou e faz bastante tempo. Eles precisam entender que ao se tratar o setor agrícola hoje, não se pode deixar de enfocar o depois da porteira: o urbano. O agronegócio, esta palavrinha que incomoda a tantos, representa essa evolução que faz com que visualizemos no setor agrícola vários estágios integrados: produção, distribuição e consumo.
Assim, dirijo-me agora para os habitantes das cidades e em especial das grandes cidades. Portanto, para você que tem pouco tempo para ler sobre agricultura, devido a agitada vida que leva, é importante que lhes digamos que o agronegócio está do seu ladinho, em tudo. Dificilmente você deixará de reconhecê-lo em algum lugar, em alguma conversa, em algum amigo seu. Vamos fazer, para você, uma divisão didática do agronegócio para que você entenda bem o que estamos querendo lhe passar para que,  de agora em diante, passes a ser parceiro de nossa agricultura e por consequência de nosso agronegócio.
Comecemos pela produção agrícola, pecuária e florestal. Nela estão concentradas as produções de carne, leite, ovos, verduras e frutas para servirem de alimentos para a população. Com essas coisas você convive diariamente e sem isto seria difícil viver. Mas a agricultura é muito mais que isso meu amigo. Ela vai além dos alimentos.
Você sabe que além de comer você tem que beber, calçar, vestir, dormir confortavelmente, tomar banho e outras coisas mais. Você já refletiu, pensou, imaginou de onde vem grande parte dos tecidos, com os quais são feitas, roupas, redes, cortinas, lençóis, fronhas e toalhas? Pois bem meu amigo, eles são de origem agrícola são produtos de plantas transformados em seu bem-estar.
Alguma vez você já parou para pensar, ao entrar em um restaurante, bar, hotel, padaria, feira livre, supermercado o quanto de produtos que são produzidos pelos agricultores fazem parte destes serviços e negócios? Você já imaginou que sem o suor, as mãos e a inteligência dos agricultores esses serviços não seriam prestados a você por falta de matéria prima? Imagine você tendo que no seu pequeno quintal ou na varanda de seu apartamento plantar do trigo à cevada para atender suas necessidades. Seria possível? Seria possível substituir tudo isso por pílulas geradas em sofisticados laboratórios e química avançada?
Vamos agora dar um passeio na cidade para melhorarmos os móveis de nossa casa. Lá está novamente o agronegócio gerando móveis sejam de madeira maciça seja de placas de MDF. Comprados os móveis vamos comemorar com um bom churrasco; de onde vem o carvão vegetal?
Mas depois de tudo isso tem aquele amigo seu que diz que apesar da agricultura ser responsável por tudo isso, é uma poluidora ambiental, uma devastadora do meio em que vivemos. Não vamos negar; existem produtores que assim agem. Mas existem médicos ruins, advogados ruins, padres que são postos fora da igreja, engenheiros civis e agrônomos incompetentes e porque não haveria de ter gente no agronegócio agindo equivocamente? Ocorre, que o agronegócio mais que qualquer outro setor tem evoluído no caminho das boas práticas, da certificação florestal, da sustentabilidade. As grandes empresas do setor de base florestal são quase todas certificadas e nelas não se tem problema com reserva legal e área de preservação permanente. Isto não é avanço?
Outro vai dizer para você que se a agricultura fosse realmente tão forte não haveria fome no mundo. Não acredite nisso porque a questão da fome do mundo não é falta de alimento. A agricultura produz alimento suficiente para erradicar a fome, mas a grande questão é a falta de acesso ao mesmo. O que falta é dinheiro para as famílias pobres comprarem o seu alimento ou mesmo produzi-lo.
Há quem tente dizer que os agricultores familiares, os índios, os quilombos estão sendo agredidos pelo agronegócio brasileiro. Na realidade meu amigo a culpa de todas as questões socioambientais que ocorrem em nosso país é derivada de falhas na formatação das políticas públicas nacionais. Como se pode imaginar um pais sustentável se os pilares da sustentabilidade são erguidos sem harmonia? Onde já se viu fazer política agrícola desvinculada de políticas sociais, econômicas e ambientais? No dia em que o governo entender que políticas devem ser construídas de forma harmônica, que elas devem conversar umas com as outras tudo isso será resolvido na base.
E um mais raivoso vai falar que estamos em crise e na crise o dinheiro escasseia e que tirando a comida, nossa relação com o agronegócio é pequena. Grande engano; nas crises econômicos que o Brasil tem enfrentado o grande sustentáculo da economia nacional tem sido a agricultura. Ela é muito forte e representa um quarto do Produto Interno Bruto Nacional; ou seja, um quarto da soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos no pais tem sido proporcionado pelo agronegócio.
Agora você já pode entender melhor que aquele seu amigo que trabalha na loja de móveis, no restaurante, na padaria, na loja de tecidos ou de roupa feita, na loja de calçados e bolsas, no posto de gasolina e álcool tem parte de seu salário pago, originalmente, pelo esforço do agricultor brasileiro. Agora vocês já poderão entender melhor porque o agro é forte, porque o agro é pop. Porque vocês devem estar ao lado do Agro.
Que tudo aquilo que nossa bela escola Imperatriz Leopoldinense venha cantar no sambódromo seja como amor de carnaval, que não passe da quarta feira de cinzas.

Autor: MOACIR JOSÉ SALES MEDRADO

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