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Uso sustentável da Floresta e participação popular

Moacir José Sales Medrado – Pesquisador em Agrofloresta – Diretor Geral da MCA -  Medrado & Consultores Agroflorestais Ltda. CREA CE 1.742-D; moacir@mcagroflorestal.com.br

As florestas nos propiciam ar e água limpos, solos produtivos, diversidade biológica, bens e serviços, oportunidades de emprego, benefícios comuns, recreação e exposição a natureza. As florestas também nos possibilitam coisas intangíveis como beleza, inspiração e maravilha.

Elas nos beneficiam em vida quando intocáveis ou com uma interferência mínima, e nos beneficiam depois de colhida para produção de madeira ou de outros produtos. No último caso, a sua exploração depende muito do crescimento da população.

Sabemos todos nós que as projeções indicam que no futuro, mesmo com as iniciativas de controle populacional, haverá um aumento substancial da população.

Há também estudos que mostram que a economia mundial tenderá a crescer mais rapidamente que a população significando que a demanda por madeira que já é elevada será maior.

Há estimativas de que se a população mundial atingisse os padrões de demanda americanos nós teríamos uma demanda mundial de dez milhões de metros cúbicos ao ano.

È duro imaginar um mundo sem florestas. Assim, o conceito de sustentabilidade em todas as dimensões (ecológica, econômica e social) passa a ser fundamental.

Considerando-se que as florestas e as pessoas continuarão interagindo, que a população continuará a depender de produtos das florestas resta-nos como fundamento de todas nossas discussões o conceito de desenvolvimento sustentável.

Em assim sendo acreditamos que a discussão de conservação e utilização deve ser focada sobre como poderemos tirar o máximo benefício presente sem comprometer as gerações futuras. Estamos falando de sustentabilidade.

Assim, fica claro que as pessoas devem ter direito a participar no manejo e na utilização dos recursos florestais. O que temos, então, é de discutir e criar mecanismos que permitam aos interessados reconhecerem o impacto de suas atividades e desenvolverem um entendimento comum do manejo sustentável das florestas em termos operacionais concretos.

É só a partir do reconhecimento do impacto que as pessoas poderão assumir um comprometimento, por sua própria iniciativa ou por iniciativa grupal com o foco do desenvolvimento sustentável.

Acredito que assim, teremos uma oportunidade impar para que se possa chegar o mais perto de um entendimento em nível operacional do que seja sustentabilidade no local onde a iniciativa pode se sustentar que é o território onde vivem as comunidades.

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