Montoya e Medrado

O sistema de produção de erva-mate abrange cerca de 180 mil propriedade rurais dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina; a maioria propriedades familiares.

Ao longo dos anos tem acontecido uma intensa substituição de ervais nativos por ervais cultivados a pleno sol, restando algumas regiões do Paraná e Santa Catarina como redutos tradicionais de produção de erva nativa. Em função deste fenômeno a programação de pesquisa da Embrapa Florestas foi bastante concentrada em plantios fora da condição natural. Somente nos últimos anos fez-se alguma atividade visando estudar o ambiente luminoso natural e o desenvolvimento da erva-mate nessa condição.

Em relação ao trabalho de pesquisa voltado para plantações de erva-mate, a Embrapa Florestas tem apresentados resultados muito importantes. Vale salientar que no início da década de 90 recebeu-se uma demanda para trabalhar no município de Áurea, RS visando melhorar a produtividade dos ervais daquele município que não ultrapassavam a 10 mil quilos por hectare. Ao final da década já se produzia por volta de 25 mil quilos com relativa facilidade.

A propagação da erva-mate, tanto por sementes quanto por métodos vegetativos sempre foi tida pela Embrapa Florestas como de fundamental importância. Vários trabalhos foram realizados durante esses trinta anos. Estudos sobre os aspectos da formação do fruto e das sementes, métodos de produção de sementes melhoradas, proteção contra fungos e até mesmo a avaliação do efeito da secagem das sementes. Procurou-se também identificar fungos lignocelulolíticos nas sementes no sentido de estudar a possibilidade de degradação mais rápida do tegumento.

Em relação à propagação foram desenvolvidos vários esforços de pesquisa. Iniciou-se com os estudos de adubação em viveiros convencionais, passando pela estaquia até chegar-se às pesquisas atuais voltadas para enxertia, rejuvenescimento, micropropagação e produção de mudas por micro – estaquia.

Inúmeros estudos sobre ocorrência e controle de doenças e pragas da erva-mate foram realizados nesses 30 anos de pesquisa florestal da Embrapa. A principal praga da erva-mate, a broca da erva-mate, foi objeto de tese e teve seu controle biológico negociado com uma importante empresa do ramo que deverá estar lançado o produto no mercado em futuro próximo. No que diz respeito a doenças foram realizados, também, uma grande quantidade de pesquisas sobre a antracnose, a pinta-preta e roseliniose cujos resultados foram organizados em vários documentos dentre os quais destaca-e o Manual de pragas e doenças da erva-mate.

Além dos trabalhos realizados com relação às sementes de erva-mate, vários estudos foram realizados, também, visando o melhoramento das técnicas de produção de mudas. Foram estudadas a influência do substrato no desenvolvimento de mudas de erva-mate em tubetes. Os trabalhos de produção de mudas via estaquia tiveram um crescimento bastante importante desde aspectos básicos como o estudo do controle genético do enraizamento de estacas até a introdução de métodos de produção de miniestaquia.

A implantação de ervais foi também objeto de vários estudos, principalmente em relação ao preparo de solo em sistemas de plantio direto nas entre linhas da erva-mate. Vale ressaltar que a simples indicação da subsolagem de áreas implantadas em locais com anos de produção agrícola mecanizada foi suficiente para melhorar substancialmente o comportamento dos ervais. Os estudos de cobertura verde e morta dos solos trouxeram também resultados importantíssimos. Vale ressaltar a importância da cobertura morta na diminuição da queda das folhas de erva-mate e na manutenção da água em locais com incidência elevada de veranicos.

Estudos sobre a influência de níveis de adubação nitrogenada e potássica foram importantes para indicações dos mesmos para algumas regiões produtoras do Rio Grande do Sul e do Paraná.

A intercalação de culturas alimentares nas entrelinhas de erva-mate foi alvo dos estudos da Embrapa Florestas mostrando a importância das rotações anuais de feijão, milho, soja e trigo, no sul do Brasil.

No âmbito de sistemas de podas tanto de formação quanto de produção e limpeza, a contribuição da Embrapa Florestas foi substancial, a partir de trabalhos realizados nas regiões do alto Uruguai gaúcho e em Ivaí, PR.

O melhoramento da erva-mate foi talvez a linha de pesquisa com maior ênfase na Unidade. Foram realizados vários estudos comparativos de delineamentos experimentais para estimativas de parâmetros  genéticos. Vale ressaltar o documento publicado sobre as contribuições e experiências  de um século de melhoramento do chá-da-índia, no melhoramento da erva-mate. A introdução do procedimento REML/BLUP foi tida como uma revolução no melhoramento de erva-mate tendo sido introduzido nos programas de várias instituições. Hil.). Os trabalhos de seleção de progênies visando a produtividade, a estabilidade e adaptabilidade temporal de massa foliar foram importantíssimos para que, atualmente, a Embrapa Florestas tenha produzido um estoque de materiais a serem lançados brevemente. Por último a Embrapa tem desenvolvido estudos visando sobre os parâmetros genéticos de concentração de compostos fenólicos em progênies e também estudado a composição química foliar de macronutrientes em procedências. aspectos de genética de populações para conservação de germoplasma de erva-mate.  genético dos teores de polifenóis totais, taninos e cafeína em progênies de erva-mate cultivadas em três classes de solos 2004

Seleção de árvores para produção de massa foliar em erva-mate com base em valores genéticos. 2005 caracterização genética de populações naturais de Ilex paraguariensis. 2003

Estudos econômicos também foram elaborados, com destaque para os relativos à análise da cadeia produtiva da erva-mate e os relativos ao estudo da estrutura produtiva e renda em determinados municípios e o estudo de comportamento dos preços e “markup” de comercialização da erva-mate no estado do Paraná e de esquema ótimo de la comercialización de la yerba mate en pie en función del riesgo y ingreso esperado.

Seleção das melhores épocas de comercialização de erva-mate considerando riscos de mercado através de um modelo de otimização.

O setor ervateiro na integração econômica entre Brasil e Argentina. 1993

Trabalhos voltados ao estudo da erva-mate sombreada foram objeto de estudo a partir do inicio do inicio deste século. Foram estudados os efeitos fotomorfogenéticos de plantas jovens de erva-mate, a caracterização do microclima luminoso e seu impacto na produtividade de plantas e a ritimicidade de emissão e de queda de folhas e as suas conseqüências no manejo da erva-mate. Com o tempo passou-se a estudar outros temas dentre os quais destacam-se: efeito da intensidade da luz no conteúdo de metilxantinas as diferenças entre trocas gasosas em machos e fêmeas, es ecofisiológicas, químicas e sensoriais de folhas provenientes de plantas de erva-mate com e sem frutificação, v ariação nos teores de polifenóis totais e taninos em dezesseis progênies de erva-mate (Ilex paraguariensis St. HIl.) cultivadas em três municípios do Paraná.

É importante e fundamental explicitar que a pesquisa de erva-mate da embrapa florestas a partir do ultima década do século passado passou a ter uma cunho participativo onde a caracterização de sistemas de uso da terra e planejamento de ações para a melhoria do sistema agroflorestal de erva-mate foi colocada como essência do trabalho.

Por fim vale ressaltar o posicionamento da Unidade no que tange às elaboração de policitcas publicas através de seus trabalhos de posição em relação a diretrizes da pesquisa aplicada para o plantio da erva-mate no Brasil e a propostas de um modelo de organização da pesquisa agrícola no setor ervateiro do Brasil..

Com relação à poda dos ervais foram feitos esforços desde a poda de formação à poda de produção tanto do ponto de vista de métodos quanto da transferência dos métodos mais indicados.

No sentido de evitar a utilização de herbicidas nos ervais a Embrapa promoveu estudos com a utilização de coberttura morta e sobre período critico de competição de plantas daninhas com a erva – mtate. Estes trabalhOs possibilitaram o estabelecimento de controle de plantas daninhas. O uso de cobertura morta além promover o controle das invasoras mostrou-se ainda como um fator primordial para elevação da produtividade dos ervais também pela proteção contra doenças do solo que promovem a queda das folhas como também pelo fato de promover proteção à água.

Foram feitos inúmeros estudos com coberturas de inverno e sobre a utilização das mesmas como base para o plantio direto de soja com resultados bastante satisfatórios.

Na área de melhoramento a Embrapa Floretas desenvolveu um belo programa reconhecido não somente no Brasil mas também no exterior. a foi bastante importante

Trabalhos de pesquisa realizados pela Embrapa Florestas em vários anos e regiões de concentração da produção comprovam que a exploração da erva-mate em sistemas agroflorestais apresenta como principais vantagens:

a) a melhor utilização da terra e mão-de-obra;

b) a produção simultânea de erva-mate e alimentos;

c) a antecipação do pagamento do custo de implantação do erval; e

d) o aumento do emprego, da produção e da renda da propriedade rural

Montoya e Medrado

O sistema de produção de erva-mate abrange cerca de 180 mil propriedade rurais dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina; a maioria propriedades familiares.

Ao longo dos anos tem acontecido uma intensa substituição de ervais nativos por ervais cultivados a pleno sol, restando algumas regiões do Paraná e Santa Catarina como redutos tradicionais de produção de erva nativa. Em função deste fenômeno a programação de pesquisa da Embrapa Florestas foi bastante concentrada em plantios fora da condição natural. Somente nos últimos anos fez-se alguma atividade visando estudar o ambiente luminoso natural e o desenvolvimento da erva-mate nessa condição.

Em relação ao trabalho de pesquisa voltado para plantações de erva-mate, a Embrapa Florestas tem apresentados resultados muito importantes. Vale salientar que no início da década de 90 recebeu-se uma demanda para trabalhar no município de Áurea, RS visando melhorar a produtividade dos ervais daquele município que não ultrapassavam a 10 mil quilos por hectare. Ao final da década já se produzia por volta de 25 mil quilos com relativa facilidade.

A propagação da erva-mate, tanto por sementes quanto por métodos vegetativos sempre foi tida pela Embrapa Florestas como de fundamental importância. Vários trabalhos foram realizados durante esses trinta anos. Estudos sobre os aspectos da formação do fruto e das sementes, métodos de produção de sementes melhoradas, proteção contra fungos e até mesmo a avaliação do efeito da secagem das sementes. Procurou-se também identificar fungos lignocelulolíticos nas sementes no sentido de estudar a possibilidade de degradação mais rápida do tegumento.

Em relação à propagação foram desenvolvidos vários esforços de pesquisa. Iniciou-se com os estudos de adubação em viveiros convencionais, passando pela estaquia até chegar-se às pesquisas atuais voltadas para enxertia, rejuvenescimento, micropropagação e produção de mudas por micro – estaquia.

Inúmeros estudos sobre ocorrência e controle de doenças e pragas da erva-mate foram realizados nesses 30 anos de pesquisa florestal da Embrapa. A principal praga da erva-mate, a broca da erva-mate, foi objeto de tese e teve seu controle biológico negociado com uma importante empresa do ramo que deverá estar lançado o produto no mercado em futuro próximo. No que diz respeito a doenças foram realizados, também, uma grande quantidade de pesquisas sobre a antracnose, a pinta-preta e roseliniose cujos resultados foram organizados em vários documentos dentre os quais destaca-e o Manual de pragas e doenças da erva-mate.

Além dos trabalhos realizados com relação às sementes de erva-mate, vários estudos foram realizados, também, visando o melhoramento das técnicas de produção de mudas. Foram estudadas a influência do substrato no desenvolvimento de mudas de erva-mate em tubetes. Os trabalhos de produção de mudas via estaquia tiveram um crescimento bastante importante desde aspectos básicos como o estudo do controle genético do enraizamento de estacas até a introdução de métodos de produção de miniestaquia.

A implantação de ervais foi também objeto de vários estudos, principalmente em relação ao preparo de solo em sistemas de plantio direto nas entre linhas da erva-mate. Vale ressaltar que a simples indicação da subsolagem de áreas implantadas em locais com anos de produção agrícola mecanizada foi suficiente para melhorar substancialmente o comportamento dos ervais. Os estudos de cobertura verde e morta dos solos trouxeram também resultados importantíssimos. Vale ressaltar a importância da cobertura morta na diminuição da queda das folhas de erva-mate e na manutenção da água em locais com incidência elevada de veranicos.

Estudos sobre a influência de níveis de adubação nitrogenada e potássica foram importantes para indicações dos mesmos para algumas regiões produtoras do Rio Grande do Sul e do Paraná.

A intercalação de culturas alimentares nas entrelinhas de erva-mate foi alvo dos estudos da Embrapa Florestas mostrando a importância das rotações anuais de feijão, milho, soja e trigo, no sul do Brasil.

No âmbito de sistemas de podas tanto de formação quanto de produção e limpeza, a contribuição da Embrapa Florestas foi substancial, a partir de trabalhos realizados nas regiões do alto Uruguai gaúcho e em Ivaí, PR.

O melhoramento da erva-mate foi talvez a linha de pesquisa com maior ênfase na Unidade. Foram realizados vários estudos comparativos de delineamentos experimentais para estimativas de parâmetros  genéticos. Vale ressaltar o documento publicado sobre as contribuições e experiências  de um século de melhoramento do chá-da-índia, no melhoramento da erva-mate. A introdução do procedimento REML/BLUP foi tida como uma revolução no melhoramento de erva-mate tendo sido introduzido nos programas de várias instituições. Hil.). Os trabalhos de seleção de progênies visando a produtividade, a estabilidade e adaptabilidade temporal de massa foliar foram importantíssimos para que, atualmente, a Embrapa Florestas tenha produzido um estoque de materiais a serem lançados brevemente. Por último a Embrapa tem desenvolvido estudos visando sobre os parâmetros genéticos de concentração de compostos fenólicos em progênies e também estudado a composição química foliar de macronutrientes em procedências. aspectos de genética de populações para conservação de germoplasma de erva-mate.  genético dos teores de polifenóis totais, taninos e cafeína em progênies de erva-mate cultivadas em três classes de solos 2004

Seleção de árvores para produção de massa foliar em erva-mate com base em valores genéticos. 2005 caracterização gen&eacu